O nosso Brasil varonil tem melhorado a cada dia sua economia. A classe média aumenta, as classes baixas diminuem e os ricos, como sempre ficam mais ricos. Mas é interessante notar que nesse avanço das classes mais baixas para a classe média, o poder aquisitivo do povo brasileiro aumentou.
Comitante a este fato, o “evangelho” também está aumentando, mais pessoas são classificadas como “evangélicas” pelo IBGE. E isso deveria ser um motivo de grande alegria para nós, pois já dizia o santo livro: “feliz a nação cujo Deus é o Senhor!” (Sl 33.12).
Mas o que tem a ver o avanço da economia com o pseudo-avanço evangélico em nosso pais?? Certamente vários aspectos poderiam ser destacadas, mas gostaria de salientar apenas alguns neste texto.
Na economia, aqueles que antes por muitas vezes comiam somente batata, agora podem comer um bife (as vezes até de filet migon), antes só comiam em casa, e o máximo que faziam para comer fora, era quando colocavam a mesa e as cadeiras no jardim, agora estão conseguindo
ter acesso a excelentes restaurantes e renomados chefes de cozinha, isso é muito bom! Contudo, com o advento das mídias sociais, a vaidade da vaidade, a profundidade da superficialidade começa a se tornar nítida cada vez mais rápida. Cada dia é um querendo mostrar que comeu em tal lugar melhor que o outro, e como agora todos temos “dispositivos móveis, aptos a fazer registros ilustrados instantâneos”, isso fica ainda comprovado com as fotos, que outrora eram para mostrar quão interessante eram os locais, agora elas servem para comprovar a vaidade da vaidade, a profundidade da superficialidade. Mas na comunidade cristã isso não acontece…
Na assembléia dos santos, cada vez mais, rótulos como fanático, radical, louco e fundamentalista são empregados. Não sei se estou me tornando muito velho, mas ainda não consigo visualizar um cristão verdadeiro podendo ser conivente com o hábito de falar palavras chulas (ignóbeis, vis, baixas, abjetas…) e isso ser a normalidade da vida, a ponto de utilizar estas palavras normalmente. Não consigo ser conivente com o hábito de achar normal ter um relacionamento (que pode ser uma família no futuro) pessoal intenso (em outras palavras, namoro) com uma pessoa que não partilha da mesma fé que a sua, não estou dizendo aqui que batista só namora batista, presbiteriano somente presbiteriano ou metodista, metodista, não! Quero dizer que cristão só deve se relacionar com cristão!! Não consigo visualizar como é possível tamanho interesse por bens materiais, roupas de marcas (sendo que já tem diversas outras no armário), jantares e almoços em lugares com preços exorbitantes (sendo que muitos na comunidade cristã não tem o que comer), viagens turísticas (sendo que nunca separaram um tempo para ir a uma viagem missionária, ou ajudar algum missionário no campo) e etc… infelizmente com a melhora da economia, muitos “cristãos” tem se tornado “cristãos-capitalistas”,
marginalizando princípios fundamentais e rudimentares da fé cristã, tendo maior interesse nas coisas deste mundo que em qualquer aspecto da fé cristã.
O avanço da economia tem sido benéfico para nossa sociedade e o avanço do evangelho também pode ser, mas para isso, o cristão verdadeiro (será que existe cristão falso? Isso deveria ser um pleonasmo) precisa viver para glória de Deus, reconhecendo sua pecaminosidade, incapacidade,
limitação e a grandiosa graça e misericórdia divina, para poder viver segundo os preceitos divinos, como nosso Mestre andou, humildemente, deixando de lado a vaidade da vaidade e a profundidade da superficialidade…
Vivamos para a glória dEle!
Muito bom o texto Betinho!!
Como outrora ouvi um pastor aconselhando um jovem sobre querer aproveitar sua juventude fora da igreja:
“Você quer viver no mundo e aproveitar tudo o que ele oferece?! Váa!! Se aprofunde no entreterimento que ele oferece, nas amizades que ele estabelece, e na alegria que ele te dá.Aproveite TUDO o que ele tem para te oferecer, porque isso é tudo o que você vai ter na vida aqui na terra.Não levará nada para apresentar diante de Deus na eternidade, isso é, se você estiver lá!”
Prossigamos para alvo nariz!!!
eh nois!