Corra o mais rápido possível

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Há alguns dias, assisti a um vídeo onde alguns irmãos na China recebiam suas primeiras Bíblias. Elas estavam em uma caixa e, assim que a caixa foi aberta e aqueles cristãos perceberam seu conteúdo, correram desesperadamente para pegarem o seu exemplar. O vídeo é extremamente chocante. Há uma alegria indizível no rosto daqueles irmãos; há riso, mas também um choro de alegria contagioso.

Essa cena me lembrou o momento em que o povo judeu, depois de voltar do cativeiro na Babilônia, ouviu a pregação da mensagem por Esdras:

“Então todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês. E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.” (Neemias 8:1-3)

Terrível coisa é, para o povo de Deus, não ter Sua mensagem – e Israel ficou sem a mensagem do Livro da Lei de Moisés por mais de 70 anos. O maior castigo, a maior punição, a maior disciplina que o Senhor pode enviar ao seu povo é retirar dele a Sua palavra. Israel não foi arrancado somente da terra, mas a Palavra de Deus foi retirada dentre eles. Ainda assim é preciso entender que a Palavra não foi retirada porque os pregadores de Deus em Israel eram maus pregadores; a palavra foi retirada por causa da desobediência de Israel. 

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Tempo é amor

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“Alguns dizem que tempo é dinheiro, porém eu digo que tempo é amor. Dedique tempo às pessoas para demonstrar genuíno interesse e real amor por elas.” Pastor Marcos Wineard

Existem certas conversas que ficam eternizadas em nossas mentes – e espero que essa conversa que tive com esse amado irmão e com meu amigo (e também irmão) Anderson seja uma delas. Pude conversar um bom tempo com esse pastor e ele me ensinou muitas coisas, que espero ter assimilado e colocar em prática em minha vida. Um conselho que dou não apenas aos jovens, mas também a mim é que escutemos aqueles homens que tem mais experiência que nós.

Gostaria de expor nesse texto como Jesus dedicava seu tempo às pessoas e como Ele se importava realmente com elas: com o sofrimento de suas almas e com o destino de cada uma. Mas há algo que quero deixar bem claro logo de cara: este texto não é unicamente para aqueles jovens que tem um chamado ministerial ou para aqueles que já estão envolvidos em algum ministério em sua igreja. Esse texto é para os cristãos, e quando digo cristãos, quero me referir a todos aqueles que se identificam com Cristo através da sua cruz. Quero trazer à nossa mente alguns momentos onde Jesus gastou seu tempo com pessoas: relacionando-se com elas, andando com elas, vivendo com elas.

Se você já parou por um instante pra pensar, Jesus foi o homem que teve a missão mais importante da história da humanidade. Ele veio trazer redenção aos homens, algo que nenhum outro poderia fazer. Somente Jesus poderia cumprir essa tarefa e, com toda certeza, em nenhum momento Ele perdeu o foco de sua missão.

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Ensinando o mais importante

Na data de hoje há 255 anos morria um dos grandes lideres e pastores e pensadores que o mundo conheceu. No dia 22 de março de 1758 morria Jonathan Edwards, uma das minhas grandes referências literárias. Morreu aos 54 anos, após ser voluntário para ser infectado com o vírus da varíola para o desenvolvimento da vacina. Depois de semana onde a doença havia se agravado e reconhecendo sua morte, Edwards disse suas últimas palavras a sua filha Lucy, que estava cuidando dele.

“Quanto aos meus filhos, agora que os estou deixando órfãos de pai, eu espero que isso seja um incentivo para que todos eles busquem o Pai que nunca lhes faltará”

É impressionante pensar que Edwards não pensou em terminar seus livros que ficaram incompletos. Podemos imaginar porque ele não teria usado esse tempo para terminar “A history of the work of redemption”, uma obra de teologia, reconhecida por grandes nomes.
Será que ele não teria algumas instruções finais sobre o ministério, será que ele não teria algo para dizer para aqueles homens que iriam substitui-lo?

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Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo

Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo – Mateus 16:15-16

 Jesus é, sem dúvida alguma, um dos nomes mais conhecidos do planeta.  Jesus é tão significativo ao ponto de nosso calendário ser dividido em antes e depois dEle. Isso nos mostra a relevância que Ele tem na história. Mas infelizmente, para um grande número de pessoas, Jesus só esteve entre nós aqui na terra para mudar o calendário mesmo.

Nesse texto de Mateus, Jesus está chegando nas regiões da Cesaréia. Ele, então, faz uma pergunta aos seus discípulos: “Quem o povo diz que Eu Sou?”. E essa pergunta com certeza ecoa até nossos dias. Quem é Jesus para nós que dissemos confiar nEle, ou o que as pessoas afirmam sobre Jesus? A resposta dada pelo povo foi bem parecida com o que a maioria das pessoas dizem hoje.

Os contemporâneos de Jesus disseram que Ele poderia ser João Batista; outros diziam que Ele era Elias, e outros diziam que Ele era Jeremias. Em resumo, consideravam Jesus mais um líder religioso. A resposta do povo revela não apenas quem eles acreditavam que Jesus era, mas também revela um pouco do coração deles.

Nós nos relacionamos com os outros de acordo com o que nós pensamos sobre aquela pessoa. Ao comparar Jesus com os profetas, o povo entendia que Ele era alguém que podia oferecer vários benefícios para a nação de Israel – o que era evidente no fato de pediram a Jesus tantos sinais. Já que esses sinais evidenciavam o ministério profético no Antigo Testamento, o povo então tinha em Jesus alguém que atenderia seus interesses. O povo queria as bênçãos ou os favores que Jesus podia dar. 

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Quem é o seu herói?

Sempre fui um grande fã da Liga da Justiça. Com certeza, era meu desenho favorito quando era criança. Hoje ainda gosto de parar e assistir alguns episódios daqueles heróis que marcaram minha infância.

A maior discussão em torno do desenho sempre foi falar quem era o herói favorito – e os dois mais votados eram o Superman e o Batman. Mas confesso que o Homem de Aço sempre foi meu herói preferido. Ele era o mais forte, podia voar e tinha visão raio x. Ele era o exemplo perfeito para qualquer criança: ele podia fazer tudo o que queria, enquanto o Batman era mais limitado (até porque ele era um humano) e o Superman era de outro planeta. 

O tempo passou (e passou bem depressa); os desenhos mudaram, os heróis mudaram; meus heróis, ou melhor, meu herói mudou. 

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E quando eu estiver sozinho?

O título desse texto faz contraste com um jargão que nós, cristãos, amamos. Talvez você já tenha dito ou escutado isso algumas vezes. Bem, eu já disse e já ouvi: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, lá eu estarei” (Mt 18:20).

Usamos esse versículo para falar que, quando nos reunimos com dois ou mais irmãos, o Senhor Jesus está presente. Então, esse versículo se torna chave para abertura de cultos – principalmente cultos de oração que, infelizmente, andam menos freqüentados pelos crentes (eu me incluo nesse grupo de faltosos) a cada dia.
Mas a pergunta é: E quando estamos sozinhos? Como fica? Será que Jesus não está conosco?
Imagine passar por todos os problemas da vida sem Jesus. Imagine não tê-Lo conosco na hora da decepção por causa de um relacionamento que não deu certo, um emprego perdido ou a morte de um familiar. Imagine encarar a vida nos momentos em que estamos sozinhos; e esses momentos existem – por mais popular que você seja. Imagine tentar fazer algo acontecer dentro de um ministério sem a presença de Jesus, já que Ele mesmo nos diz que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5b).

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O Evangelho é Suficiente

Preciso confessar algo: na maior parte do meu tempo, minhas atitudes, pensamentos, temores e planos demonstram que eu simplesmente não confio em Deus como deveria confiar. E creio que com você aconteça da mesma forma. Simples assim.

Demonstro que realmente não confio em Deus porque tenho tentado agradar a homens e não a Ele. Como diz o provérbio 29:25: “Quem teme ao homem arma cilada para si”. E regularmente nos colocamos em situações complicadas porque tememos aos homens. Esse é só um dos motivos que mostram minha falta de confiança.

Por que digo isso?

Porque não tenho confiado na suficiência do Evangelho. Não tenho confiado naquilo que a Escritura diz a respeito de como devo viver minha vida.

O que quero focar nesse texto é principalmente a forma como temos encarado o Evangelho. Muitos de nós temos aceitado o Evangelho como se ele fosse mais um acessório, como um relógio ou uma pulseira ou, para usar um termo mais atual, como se ele fosse mais um aplicativo para nossa vida, que pudesse melhorar nosso “sistema operacional”.  Mas o verdadeiro Evangelho – aquele que a Escritura nos mostra – é um Evangelho que é mais importante que a comida, que a bebida ou qualquer outra coisa. Ele não é algo que torna minha vida melhor – o Evangelho me dá vida. Ele é a única coisa que é básica à vida humana, “pois nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4).

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Heróis da fé

Vou postar um texto que é, na verdade, mais uma pequena reflexão que tive há um tempo, em um momento complicado da minha vida, mas que ao mesmo tempo é muito real hoje também. Esse texto me ajuda a lembrar que, na verdade, minhas provações e dificuldades são bem menores do que as de alguns heróis da fé e pais da igreja…

 Houve mulheres que, pela ressurreição, tiveram de volta os seus mortos. Uns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior;outros enfrentaram zombaria e açoites; outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão,  apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados.  O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas.  Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido. Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados. Hebreus 11:35-40 

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Heróis da oração

Texto de Nathan W. Bingham

A maioria dos cristãos estão familiarizados com o texto de Hebreus 11, um capitulo intitulado por R.C. Sproul como  “Chamada da Fé”. Hebreus 11 é tanto um desafio para os cristãos como uma fonte de encorajamento. Ele nos desafia quando comparamos nossas vidas com as dos santos do passado, e Deus, graciosamente, ainda usa esses exemplos para nos encorajar a continuar buscando uma vida de fé.

Recentemente eu estava lendo o livro “Does Prayer Change Things? (A Oração Muda as Coisas?)” de R.C. Sproul. Em seu capítulo sobre o poder da oração, Sproul compila uma lista de heróis da oração no formato de Hebreus 11.

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Envangélicos Não Praticantes

Ouvi esse termo há alguns dias e isso me incomodou um tanto quanto. Será que nós evangélicos realmente podemos pensar em não sermos praticantes?

Em outras religiões, o termo não-praticante se refere a alguém que não freqüenta o culto ou cerimonial realizado por ela, nem cumpre com as regras e costumes estipulados pela instituição. Fazendo uma rápida pesquisa, deparei-me com a seguinte pergunta em um fórum na internet: “Quem aqui é evangélico praticante?” [ênfase minha]. Mesmo sem muitas respostas, a maioria das que estavam lá eram “Sim; eu freqüento uma igreja” ou “Sim; eu vou à igreja”.  

Entendo e concordo que a igreja é, sim, fundamental para uma vida cristã sadia, pois é lá onde aprendemos sobre nossa fé e doutrina, mantemos comunhão com nossos irmãos e exercemos nossos dons. Mas então, um evangélico não-praticante é aquele que não freqüenta os cultos e atividades realizados em sua igreja? Certamente não é isso. Vamos analisar o que Tiago diz em sua carta sobre esse assunto:

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